Era para a época uma receita inovadora em seu modo de preparação, a massa era preparada em frio com os ovos e a açúcar, depois eram cozinhados em banho-maria.
Em Portugal existem diversas versões do pão de ló, as mais conhecidas seriam o pão de Alfeizerão, o de Ovar, o de Margaride e também existe um pão de ló à brasileira totalmente diferente da receita original.

O pão de ló de ovar é considerado o prato principal dessa localidade, garantiu um reconhecimento internacional e a proteção da sua denominação de origem, este pão tem uma forma de brôa e é feito de uma massa leve e fofa, com uma cascara tom acastanhado e à sua volta tem uma orla de massa cremosa e cor amarelo ovo. Tradicionalmente é envolvido em papel de linho branco. Sua origem é pouco conhecida ou se tem pouquíssima informação, somente por rumores que dizem que a receita tenha sido divulgada por uma freira a algum familiar ou amigo residente em Ovar.

O pão de ló de Alfeizerão era uma receita que pertencia as freiras do Convento de Coz,     em uma visita do rei D. Carlos, ele foi presenteado com este bolo, mas com o fervor e os nervos da cozinheira de fazê-lo perfeito, cozinhou o pão de ló menos do necessário e ao contrário do esperado o resultado foi muito bem aceito, aplaudido por todos inclusive pelo rei, e foi assim que se originou o pão de ló de Alfeizerão. 

Continuamos com o segundo integrante desta receita, a mousse de maracujá. 

O maracujá é quem lhe dá o toque brasileiro nesta receita, é um fruto típico e originário da américa, muito cultivado nas zonas tropicais e subtropicais, desde Florida, Caribe até o Brasil. Este último sendo o maior produtor e consumidor mundial de este fruto, utilizado especialmente para produzir suco ou polpa, muito conhecido como a fruta da tranquilidade ou também como “fruto de lá passion”, é um fruto redondo ou ovoide, amarelo e possui uma grandíssima quantidade de sementes dentro. Tem um sabor entre ácido e amargo. Teve como uso na antiguidade pelos nativos americanos como sedativo, calmante, hipnótico, sonífero e tonificante. 

Já falando da mousse, temos que primeiro concordar em sua origem, coisa não muito fácil, pois existem várias versões, podemos sim afirmar que a mais famosa das mousses é a de chocolate, a “mousse ao chocolat” em francês, mousse significa espumante ou espuma. Dizem que a primeira receita conhecida desta mousse de chocolate, foi criada pelo pintor francês Henri de Touluse-Lautrec no final do século XIX, nomeando-a de maionese de chocolate. Outra das versões contam que em 1810, durante a batalha entre franceses e espanhóis na cidade de Astorga (Espanha), o imperador francês em sua visita foi servido por seu cozinheiro, quem este havia pedido ao artesão chocolateiro espanhol Manuel Cordero, que preparasse sua famosa sobremesa “espuma de chocolate”, o imperador impressionado pela suavidade e o aroma da sobremesa, decidiu levar o artesão e sua família para França, conquistando com sua receita os críticos e expertos da culinária francesa com o sua já batizada sobremesa mousse de chocolate.

Outra versão pouco conhecida conta que na época do império romano, na Roma antiga, era preparada uma receita conhecida como “muslum” a base de vinho e mel, que logo mais adiante com as modificações do latim, passou a ser chamada de “mulsa”, e por volta do século XIX foi dado nome ao um doce aerado preparado na Inglaterra.

A mousse pode ser preparada praticamente com todos os ingredientes, quer sejam doces ou salgados, somente precisamos acrescentar claras batidas e creme de leite batido, para dar essa textura fofa, suave e estável. Pode ser servida de entrada como também em sobremesa, a condição é que tem que ser servida bem fria.

Preparação: Para o pão de ló, batemos os ovos à agua e o açúcar aumentando gradativamente, até a aparência de gemada, por cerca de 7 a 10 minuto. Desligamos a batedeira e misturamos a farinha e o achocolatado aos poucos até formar uma massa homogênea. Acrescentamos o fermento e o óleo. Levamos para asar por cerca de quarenta minutos.
Para a mousse, batemos no liquidificador o leite condensado e a poupa de maracujá. Colocamos uma vasilha e acrescentamos o creme de leite e a gelatina diluída. Levamos a geladeira até começar a endurecer.

Para a calda, pegamos a poupa de 4 maracujás e duas xicaras de açúcar. Misturamos bem e levamos ao fogo até o ponto de calda. Esperamos esfriar para poder usar.
Preparamos um falso chantilly, cortamos o bolo ao meio, recheamos com a mousse. Cobrimos com o chantilly e com a calda de maracujá. Para decorar colocamos lascas de chocolate branco. Cortamos em fatias e servimos.